terça-feira, 7 de janeiro de 2014

MOVIMENTO DAS ÁGUAS

         
MOVIMENTO DAS ÁGUAS
                   (Salmo 23)                   


     Durante toda a nossa vida, passamos de um ciclo para outro, alternando as conhecidas forças da natureza humana. Uma hora a sociedade se mostra auto-afirmativa, em outro momento contemplativa, e cada vez que lutamos por igualdade, nos esvaziamos da nossa natureza própria, e pouco a pouco, vamos nos aproximando mais daquilo que negamos, ou seja, a alma feminina se perde no labirinto da natureza extremamente ambiciosa, ativa e competitiva do homem, que despreparado, também viaja na contra-mão daquilo que espelha o que ele já não aceita mais ao longo da sua caminhada.
     Pensando bem, verifico que essas águas precisam desaguar nas areias firmes da substancial presença de uma força maior, uma força agregadora, aí sim, viveremos a novidade de vida.
     Quando não conhecemos o Caminho, que nos leva a essa praia segura, ficamos assim à mercê das altas, ou baixas marés, que somente nos levará às tempestades ou sequidão em nossas vidas.
     Essa briga de forças tem levado a humanidade à autodestruição, que sem rumo rompe com os valores morais e espirituais, quebrando toda a sua ética comportamental, na vida sentimental, profissional, social e ambiental, e vai enrolando tudo nessa teia perigosa e venenosa.
     Movimento vem, movimento vai, mas nada se modifica cá dentro da nossa casa, pois a teia maldita vai se alastrando e engolindo os envolvidos por inteiro, que mordidos pela mosca azul do orgulho, enviado do inferno, e movidos por forças ocultas e inferiores, manifestam um discurso insustentável na prática. E tudo isso vai se instalando em todas as camadas sociais, entre os líderes religiosos, entre os políticos, dentro das organizações e instituições diversas, que vislumbram apenas o status do mundo capitalista.
     Na verdade, todos padecem pela ignorância da palavra de Deus, e muitas vezes pela rejeição aos princípios e determinações que ela encerra.
     A tal cultura nascente,que o autor do livro O Ponto de Mutação, Fritjof Capra se refere, baseada no modelo, pra ele tão persuasivo, de Toynbee, que trata de dinâmica cultura, na realidade nasceu há 2014 anos atrás, quando Deus inaugura, através de Jesus Cristo, um novo tempo, uma nova aliança, entregando uma cultura neo-testamentária para toda sua humanidade, considerando a sua Redenção ad eternum, um movimento cadenciado, que nos conduz mansamente às águas tranquilas da convivência pacífica entre toda a sua criação, e ela por sua vez com o seu Pastor, que, mesmo em tempos difíceis, lhe confere cuidados, provisão e livramento. As ondas se levantam, mas não somos atingidos, porque a bondade do Senhor nos seguirá todos os dias da nossa vida, e seremos chamados de filhos, co-herdeiros com Cristo Jesus.

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